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Volume 11, Número 2, Abr/Jun - 2007

RESUMO DE
DISSERTAÇÃO
DE MESTRADO

 

Representação social da gestante residente no Marabá a respeito do pré-natal1

 

 

Sebastião Junior Henrique DuarteI; Sônia Maria Oliveira de AndradeII

IEnfermeiro generalista. Graduado pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Especialista em Saúde da Família, ENSP/FIOCRUZ. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
IIDocente do curso de Mestrado em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Doutora em Saúde Pública pela USP São Paulo.

 

 

As políticas públicas de saúde voltadas ao pré-natal têm se preocupado com a redução da mortalidade materna e infantil e com a qualidade da assistência ofertada. Para tanto são implementados programas que padronizam as ações necessárias a serem executadas pelos profissionais que atuam nessa área, com ênfase na dimensão biológica. Contudo, os fatores que envolvem a gravidez não se resumem a esse campo1. Na perspectiva de conhecer as características psicossociais em torno da gestação e o modo como as gestantes percebem o pré-natal, foi realizada pesquisa que objetivou apreender as representações sociais das gestantes residentes nas áreas de atuação das equipes do Programa Saúde da Família em Marabá, a respeito do pré-natal. Foram realizadas vinte e uma entrevistas com mulheres grávidas residentes na área de abrangência da Unidade Básica de Saúde Marabá, com enfoque qualitativo2. A análise dos resultados ocorreu através do Discurso do Sujeito Coletivo3 (DSC) e se tomou como base referencial teórico as Representações Sociais propostas por Serge Moscovici4 (2003). Os resultados mostraram que a preocupação maior é com o nascimento de uma criança saudável, razão pela qual as mulheres aderem ao pré-natal. Ressalta-se a importância do acolhimento para essas mulheres e do conseqüente vínculo com os profissionais, estabelecido no processo. As razões alegadas para a não realização do pré-natal, por parte das gestantes, remetem as questões relacionadas a motivos pessoais, tais como atividades cotidianas de trabalho, cuidados domésticos e familiares, apontadas ainda razões que se referem à organização do serviço, destacando-se horário de atendimento incompatível, demora na realização de exames, presença de estagiários e falta de acolhimento. Conclui-se que existe ineficiência no processo de comunicação5 entre as gestantes e os profissionais de pré-natal e que o acolhimento6 não tem sido efetivo para o grupo de mulheres grávidas.

Palavras-chave: Enfermagem. Saúde da mulher. Gravidez. Cuidado Pré-natal. Pesquisa qualitativa.

 

 

Referências

1. Duarte SJH, Andrade SMO. Assistência pré-natal no Programa Saúde da Família. Esc Anna Nery Rev Enferm 2006 abr;10(1):121-25.

2. Minayo MCS, et al. Pesquisa social.22ª ed. Petrópolis(RJ): Vozes, 2003.

3. Lefèvre F, Lefèvre AMC. O discurso do sujeito coletivo: um novo enfoque em pesquisa qualitativa (desdobramentos). 2ª ed. Caxias do Sul(RS): Educs; 2005.

4. Moscovici S. Representações sociais: investigações em psicologia social. Petrópolis(RJ): Vozes; 2003.

5. Caron OAF, Silva IA. Parturiente e equipe obstétrica: a difícil arte da comunicação. Rev latino-am Enferm 2002 jul-ago;10(4)485-492.

6. Gomes MCPA, Pinheiro R. Acolhimento e vínculo: práticas de integralidade na gestão do cuidado em saúde em grandes centros urbanos. Revinterface comunicação, saúde e educação 2005 mar/ago;9(17)287-301.

 

 

Recebido em22/01/2005
Reapresentado em04/04/2005
Aprovado em 20/06/2005

 

1 Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em fevereiro de 2007.

 

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