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As barreiras enfrentadas pelas mulheres vítimas de estupro no Distrito Federal
Maria Aparecida Vasconcelos Moura1; Ana Maria Costa2
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 1999; 3(2): 81 - 95
A pesquisa analisa as barreiras no atendimento às mulheres vítimas de estupro, que resulta ou não em gravidez. É um estudo retrospectivo e prospectivo, com abordagem quanti-qualitativa, levantamento de ocorrências (1996/97) e entrevista semi-estruturada. Foram analisados 1600 registros de violência sexual, distribuídos nos seguintes campos: Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), 15ªe 19ª Delegacias Policiais da Ceilândia e Hospital Materno-lnfantil de Brasília (HMIB), Distrito Federal. As vítimas são mulheres solteiras, na faixa de 17 a 22 anos, com instrução primária. Além da falta de informação sobre serviços específicos de atendimento e de privacidade nos depoimentos, observa-se que as vítimas sofrem discriminação familiar, social e profissional, bem como conflitos psicológicos e emocionais, principalmente nos casos em que o estupro resulta em gravidez. A política das instituições de segurança e saúde deve, portanto, estabelecer ações dinâmicas, desenvolvidas em conjunto com a sociedade, a fim de proporcionar a melhoria da qualidade, amplitude e humanização dos serviços de atendimento.
Palavras-chave: Saúde da mulher - Estupro - Qualidade em serviço
Maria Aparecida Vasconcelos Moura1; Leônidas de Albuquerque Netto2; Maria Helena Nascimento Souza3
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(3): 435 - 442
Pesquisa quantitativa, descritiva, do tipo série histórica, que teve como objetivos: caracterizar a demanda assistida nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) na região metropolitana do Rio de Janeiro quanto ao perfil sociodemográfico, tipo de violência e relação da mulher com o acusado da agressão; e analisar estes dados diante da situação da violência de gênero à luz da discussão temática. Os dados foram coletados a partir de 38.009 registros de ocorrência de violência à mulher no período de 2003 a 2008, cedidos pelo Instituto de Segurança Pública após aprovação pelo Comitê de Ética. As mulheres eram jovens, brancas, com ensino fundamental completo, solteiras e com ocupação. A maioria residia na zona norte da cidade. O local de ocorrência do delito foi a residência. Predominou a agressão psicológica. Os agressores eram membros próximos da família. Violência é uma forma de expressão dessas famílias, sendo necessária mudança de paradigma de civilização.
Palavras-chave: Enfermagem. Saúde da mulher. Violência contra a mulher.